Quando o empresário Jeff Bezos, dono da Amazon, decide se aventurar em um novo mercado há duas certezas. A primeira é a de que ele não entra para brincar. A segunda é que o americano vai mexer profundamente com todo o setor. Isso ficou evidente quando Bezos comprou a Whole Foods por US$ 13,7 bilhões, em 2017. Agora, ele volta a carga com uma parceria com o Grupo Casino, na França, que poderá ter reflexos no varejo brasileiro. A gigante do comércio eletrônico passará a vender, dentro de sua loja virtual, produtos alimentícios da rede premium de supermercados Monoprix, uma das marcas da varejista francesa.

Assim que a parceria foi divulgada teve início uma série de rumores de que o acordo poderia se estender para outras regiões em que as duas empresas operam. O Brasil estaria no topo da lista de prováveis destinos: o Casino controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) e a Amazon tem dado passos cada vez mais seguros para crescer dentro do território nacional. “Dada à posição do Casino de acionista controlador da rede Éxito na Colômbia e do GPA no Brasil, os investidores devem começar a considerar uma extensão desse acordo para essas regiões”, escreveram em relatório analistas do Credit Suisse.

O banco suíço não foi o único a avaliar a parceria na França como um sinal de que um movimento semelhante poderia ocorrer no Brasil. Analistas e consultores são unânimes em afirmar que a sociedade entre o GPA e a Amazon faria todo sentido no mercado brasileiro, considerando a necessidade do primeiro de ampliar sua estratégia digital e da empresa de Bezos em aumentar sua projeção na região. “Seria uma combinação virtuosa para os dois”, afirma Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do Grupo GS & Gouvêa de Souza. Além disso, a Amazon começou, recentemente, a acelerar sua expansão no País, o que torna mais provável um entendimento entre elas. A companhia, que até o momento opera no Brasil apenas pelo modelo de marketplace, no qual vende produtos de terceiros em seu site, está prestes a montar sua operação própria de distribuição e logística para itens vendidos diretamente por ela, conforme antecipou DINHEIRO na edição 1057, de fevereiro deste ano.

Leia a reportagem na íntegra em: IstoÉ Dinheiro

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