O governador de de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quarta-feira, 28, que as privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Copasa e da Gasmig devem ficar para o segundo semestre do ano que vem ou até para 2021. Por enquanto, disse ele, durante o evento Latam Retail Show, o governo mineiro vai se concentrar na venda de participações da companhia de energia.

“Privatização mesmo da Cemig, da Copasa, da Gasmig, que dependem de aprovação em Assembleia (Legislativa), provavelmente serão no segundo semestre do ano que vem ou em 2021. Será um processo mais lento, inclusive pelo porte dessas empresas”, disse Zema

O mercado, que trabalhava com a expectativa de que o processo ocorresse até o fim do ano – após declaração do presidente da Cemig, Cledorvino Belini, em Nova York -, frustrou-se com a notícia. Assim, as ações da companhia passaram a operar em queda na B3, a Bolsa paulista. Por volta das 10h45, operavam em queda de mais de 1%.

Proposta firme

O governador afirmou que ainda não foi feito um trabalho de esclarecimento da população sobre os prós e os contras da privatização da Cemig, mas tem certeza de que as pessoas optarão por ela. Mas insiste que a venda a um grupo privado é a melhor saída para a empresa.

“A Cemig foi drenada nos últimos anos e, mesmo que nós voltemos a reinvestir o resultado dela, é insuficiente. A privatização não é uma questão ideológica, mas de puro bom senso”, afirmou. Segundo Zema, em mãos privadas, a Cemig poderá ofertar mais energia e tem perspectivas de reduzir os preços no médio e longo prazo.

A proposta de privatização da Cemig e da Copasa fazem parte do plano de recuperação fiscal do Estado. Essa proposta, segundo Zema, deve ser apresentado à Assembleia entre os dias 10 e 20 de setembro.

Processo lento

A XP Investimentos já havia alertado que o processo de privatização não pode ser feito de uma hora para outra. “Ainda consideramos complexa uma aprovação da privatização da Cemig e outras empresas estatais de Minas Gerais devido às dificuldades de articulação política entre os poderes executivo e legislativo”, destacou a companhia, em relatório.

Leia a matéria original em: O Estado de S. Paulo

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