*Por Cristina Souza

O ano de 2019 começando, consolidada a mudança presidencial no país, economistas indicando boas perspectivas e a máxima: “o mercado de foodservice é o último a entrar na crise e é o primeiro a sair dela” torna o nosso setor bastante otimista com todas essas mudanças. Assim, a ordem é planejar a curto e médio prazo, mover-se com rapidez, analisar e corrigir a rota, retroalimentando os negócios e mantendo o consumidor no centro de sua estratégia.

Um ponto importante a ser destacado é que o mercado de foodservice está favorável a quem atua para atender públicos e preferências específicas. Nesse contexto, startups, pequenos negócios, redes pouco numerosas e negócios independentes liderados ou não por chefs se sobressaem e isso é absolutamente positivo, pois entrega aos consumidores o que desejam e, ao mesmo tempo, permite aos grandes analisarem esses movimentos quase que como laboratórios e absorver as tendências que de fato se consolidarem. Essa é a lógica, o charme e mágica do
foodservice.

A primeira feira relevante do setor no ano foi a Winter Fancy Food Show San Francisco, onde eles divulgam o reforço às tendências que vimos em 2017 e 2018, dentre elas, alimentos que oferecem benefícios para a saúde, sabores globais e sustentabilidade como fatores muito importantes na tomada de decisão do consumidor.

Dentre essas tendências, cabe ressaltar a evolução da alimentação baseada em plantas que segue atendendo a crescente demanda de veganos e vegetarianos e agora, além do alimento, se preocupam com toda cadeia até esse produto chegar ao seu prato, ou seja, o conceito blockchain desenvolvido de forma acelerada em outras indústrias bate à porta e pressiona a evolução no mercado de foodservice.
Transparência é a palavra de ordem! Em embalagens, processos, certificações em tudo. O aproveitamento integral dos alimentos, incluindo cascas e outras partes que não eram comumente utilizadas, também ganham destaque.
Vejam que interessante… Além dos sabores asiáticos e latinos, os sabores da África entram na lista dos favoritos dentre os consumidores mais jovens (gerações Y e Z). Curiosidade pelo novo, alimentos menos processados, desejo de se aventurar… e por falar em aventura, Cannabis ganha espaço em snacks, guloseimas (balas, pirulitos, chocolates), cafés, chás, cervejas, massas e até mesmo em receitas e coquetéis, crescendo o seu consumo nos estados americanos em que não é ilegal.

Mandioca ganha o mundo! Alimento sem glúten, altamente proteico, de origem vegetal e, cá entre nós, muito saboroso, torna-se o queridinho nesse mercado based plant. Fermentados, anteriormente tímidos, tomam corpo. Juventude, beleza, longevidade… é o que as pessoas da geração X e baby boomers desejam, e o colágeno é o ingrediente que promete esse benefício, então crescem os lançamentos associados. E o último destaque é para a reinvenção do sorvete, um mercado pujante no Brasil, como tendência internacional cresce na eliminação ou substituição do leite por ingredientes de origem vegetal. Em São Paulo, no mês de dezembro, foi lançada a marca LOWKO cuja promessa é a oferta de sorvetes de baixas calorias com opções com menos de 90 calorias por porção.

Traduzir as principais tendências, aplicá-las ao negócio e criar um modelo de comunicação fluído junto aos consumidores. Esse é o nome do jogo, essa é a missão dos bons gestores de foodservice. Então, façam o básico perfeito para que tenham tempo de se concentrar no que realmente faz a diferença, encanta e fideliza os seus clientes.

Leia o artigo original em: Infood

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