Em entrevista a PEGN, Marcos Gouvêa de Souza, consultor de varejo, fala sobre as tendências do setor e como as empresas devem se preparar para o segundo semestre

Um consumidor mais maduro, mais racional e mais consciente do seu poder como cidadão: essa é tendência mais forte do varejo brasileiro neste momento, segundo Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza. De acordo com o consultor, o varejista precisa se preparar para um novo ciclo do mercado que tem início no segundo semestre de 2017. “Agora que a fase aguda da crise já foi superada, é hora de seguir a máxima ‘Olhos no futuro, barriga no balcão’. É preciso atenção redobrada com a eficiência da operação, sem perder de vista as transformações geradas pela revolução digital.”

“A Transformação do Mercado no Novo Ciclo” é o tema do Latam Retail Show, evento anual de varejo promovido pelo Grupo GS&, que discute as principais tendências do varejo no Brasil e no mundo. O encontro, que será realizado de 29 a 31 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, terá 231 palestrantes e 160 expositores. O público esperado é de 12 mil pessoas – 8 mil usuários já estão cadastradas no site da feira. O número representa um crescimento de 30% em relação ao ano passado. Um dos destaques do evento será a loja do futuro, instalação aberta ao público que contará com equipamento de reconhecimento facial do consumidor, capaz de avaliar a sua satisfação ao entrar e sair da loja. Confira a seguir uma entrevista exclusiva com o consultor de varejo Marcos Gouvêa de Souza.

O evento tem como tema “A Transformação do Mercado no Novo Ciclo”. O que você chama de novo ciclo?
Entre 2004 e 2013, vivemos no Brasil a chamada década de ouro do varejo. Naquele período, o crescimento expressivo da massa salarial, do crédito e da confiança do consumidor fez com que houvesse uma enorme expansão do mercado varejista. Depois, entre 2014 e 2016, experimentamos um ciclo curto e abrupto, que foi a pior crise econômica já vivida pelo país. Neste momento, estamos entrando em uma outra fase. Nesse novo ciclo, temos um consumidor mais consciente de seu poder como consumidor e cidadão. Há também nessa nova fase a percepção clara de que os períodos de grande crescimento que tivemos no passado recente não se repetirão mais. A expansão do consumo foi resultado de uma combinação única de elementos do cenário internacional e local. Não há nenhuma perspectiva de que isso venha a se repetir. Da mesma maneira que a profundidade e a extensão da crise recente dificilmente virão a se repetir. Agora que a fase aguda da crise já foi superada, é hora de se preparar para enfrentar o segundo semestre.

Como o varejista pode se preparar para a segunda metade do ano?
O que eu digo a eles é que devem seguir a máxima “Olhos no futuro, barriga no balcão”. Ele não pode perder, de forma nenhuma, a visão do futuro e do longo prazo. É preciso estar atento às mudanças estruturais provocadas pela revolução digital, e perceber como elas já afetam a sua empresa. A barriga no balcão representa a figura tradicional do varejista, que valoriza a proximidade com o consumidor, a atenção aos detalhes, a preocupação com a produtividade. Essa é a combinação ideal.

Leia a entrevista na íntegra em: PEGN

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