*Por Marcos Gouvêa de Souza

A primeira eleição presidencial definida pelas redes sociais deixa aprendizados e novas realidades, além de muitas preocupações. E precipita uma discussão mais profunda e abrangente sobre poder, impacto e retorno de investimentos em comunicação, nas mídias tradicionais e as mídias digitais. E sobre a relevância do resultado gerado pelo boca a boca digital expresso nas redes sociais.

Deveremos ter aceleração na migração de investimentos entre canais, com aumento ainda maior na atenção com as alternativas digitais que se sobrepuseram em importância e eficácia aos veículos tradicionais, especialmente por sua interatividade, contribuindo para resultados surpreendentes e principalmente em áreas onde predominam os cidadãos mais influentes.

A polarização observada no segundo turno da eleição presidencial, calçada na acusações parte a parte (…) opôs uma visão conservadora nos costumes e liberal na economia à continuidade de uma proposta populista que se desgastou com o tempo (…).

Enquanto ficávamos envolvidos com a pequenez das ideias fúteis e circunstanciais, afastamo-nos dos movimentos inovadores e disruptivos que florescem em várias partes do mundo. E não nos deixemos iludir pelo muito que tem ocorrido envolvendo startups, digitalização e avanços do comércio eletrônico.

É tudo muito pouco ante a dimensão das transformações que têm acontecido na China, na Coreia do Sul, nos Estados Unidos e nos países mais desenvolvidos da Europa e da Ásia.

(…) O setor empresarial brasileiro, em sua abrangente maioria, envolveu-se de forma mais direta nas recentes eleições. (…) Mas o traço mais comum dos que não se deixaram corromper pelas oportunidades de curto prazo e nem foram envolvidos pela corrupção é um compromisso de longo prazo com o país.”

É preciso desprendimento, grandeza e visão de longo prazo, combinados com o necessário compromisso maior com o país, características natas dos empresários brasileiros, para esse próximo e decisivo passo, que pode ser o articulador, avalista e promotor da necessária e inadiável conciliação nacional para o salto que é vital para o país.

Leia a matéria original em: Diário do Comércio

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