Na economia mundial, não é novidade que a China é o grande exemplo. Com um crescimento econômico sempre maior que o resto do planeta, os chineses ditam o ritmo. Se o PIB do Brasil registrou uma alta de 0,4% no 2º trimestre de 2019, o PIB da China cresceu 6,2% no mesmo período. Por incrível que pareça, esse é o menor índice dos chineses em 27 anos.

Mesmo assim, continua puxando a economia mundial. E Kevin Peng, Secretário-Geral da China Chain Store & Franchising Association, falou durante o Latam Retail Show sobre os passos dados pelos chineses no setor de e-commerce, que é uma das referências mundiais.

Peng é representante oficial da industrial de varejo e franquia do país. Ele explica que as lojas físicas sabiam que precisavam de uma transformação digital. Mas isso não foi fácil.

Para começar, foi preciso, primeiro, imitar o tipo de comércio eletrônico que já existia em outras partes do mundo.

Isso permitiu que muitos varejistas, desde 1999, aderissem ao mercado chinês.

Mas foi a partir de 2016 que novos e variados modelos de negócios surgiram na China. E com o uso de inteligência artificial foi possível, segundo Peng, ter sucesso nessa transformação digital.

Os e-commerces passaram a estar disponíveis nos smatphones chineses. “Nos tornamos um laboratório de varejo”, explica Peng. Mas o mais importante, segundo o chinês, foi mudar a mentalidade do mercado local.

É preciso, de acordo com Peng, que as empresas saiam do tradicional e que o CEOs sejam qualificados em tecnologia para trabalharem com o varejo e saberem o que estão fazendo. Atualmente, os CEOs não fazem ideia de como funciona a tecnologia da sua plataforma.

Desafios

Kevin Peng afirma que existem muitos desafios para manter a expansão. “A gente tinha mais de 180 mil varejistas na China. Mas eles não respondiam rapidamente às demandas dos clientes. Somente com a chegada de uma grande rede de supermercados ao país, há dois anos, foi possível ganhar agilidade. E o mercado se adequou”, comenta Peng.

O Secretário-Geral da China Chain Store & Franchising Association diz que os varejistas internacionais têm tido muitos obstáculos a superar no mercado chinês. Isso se deve, principalmente, com a mudança no estilo de vida do consumidor.

“As pessoas não querem sair das casas delas para ir até às lojas”, lembra Peng. Ele revela que na China a diminuição da quantidade de consumidores nas lojas físicas tem sido alta, de 5% a 8% ao ano. Por isso, cada vez mais, os marketplaces têm ganhado destaque.

O Alibaba se tornou um império do e-commerce na China por empoderar a capacidade digital das lojas físicas, que passaram a ter uma plataforma em que pudessem anunciar seus produtos. Por isso, as grande empresas, como o Alibaba são chamadas hoje de ecossistemas.

“Para cada nova startup e loja na China temos muita nova engenharia e tecnologia por traz”, afirma Peng. “Antes, o modelo de negócios era centrado na empresa. Agora, está no consumidor, completa o empresário.

Em outras palavras, “as regras do jogo mudaram na China”. E o Alibaba colocou as coisas num nível tão alto, que ficou difícil que as lojas tradicionais acompanharem. É por isso, afirma Peng, que as lojas físicas se juntaram ao Alibaba, o maior ecossistema do país, quando o assunto é e-commerce.

Leia a matéria original em: E-commerce Brasil

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