Eles têm a estrutura e o conforto de um shopping, mas estão logo ali na esquina e oferecem compra de conveniência como lojas de rua. Em ascensão no Brasil, os strip shoppings ganham a confiança do empresário, que aposta nesse empreendimento como um modelo lucrativo de negócios.

No último mês, o setor ganhou uma entidade representativa: a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls), que pretende trazer ainda mais melhorias para os empresários do ramo. Além de reunir as melhores práticas do segmento, a entidade tem o objetivo de representar o setor junto ao poder público e pedir uma legislação específica do segmento, diferenciado-o dos shopping centers.

O presidente da Abmalls, Marcos Saad, afirma que a criação da entidade foi uma iniciativa dos próprios donos de strip malls no Brasil. A ideia era se unir para compartilhar melhores práticas e fortalecer o segmento. Nos últimos cinco anos o segmento cresceu muito porque surgiram diversas empresas interessadas nesse modelo de negócio. Por outro lado, começamos a presenciar muitas dúvidas sobre o conceito do strip mall e projetos que não geravam valor por causa de algumas práticas que não eram seguidas. Com a ABMalls essas questões podem ser tratadas, afirma.

O presidente explica que a associação trará diferentes soluções para ajudar os empresários do setor, sendo uma delas mais imediata, que é a criação de uma cartilha sobre o negócio dos strip malls. Segundo Saad, o documento trará informações sobre como um empreendimento desse segmento deve ser desenvolvido, implementado e gerido. Além disso, ele adianta que uma equipe fará visitas técnicas a malls no Brasil e no exterior para reunir as melhores experiências do segmento.

A representação do setor perante o poder público também é uma das missões da ABMalls, segundo o presidente. Ele afirma que a legislação atual equipara os strip malls aos shopping centers, mas ele destaca que se tratam de operações muito diferentes e, por isso, precisam de legislações distintas.

O poder público precisa se conscientizar que o modelo de negócio que oferecemos beneficia muito os bairros onde estão inseridos. Além de atender a necessidade de compra do público, leva as pessoas a se movimentarem menos com veículos, pois estamos próximos das áreas de fluxo. Além disso, temos alto potencial econômico: enquanto a construção civil parou nos últimos anos, os strip malls continuaram sendo construídos, frisa.

Saad afirma que a legislação específica poderia ajudar a desburocratizar a liberação de projetos de construção e a licença da operação das lojas, dando mais agilidade às inaugurações. Ele afirma que ainda não há um levantamento sobre o número de strip malls no Brasil, mas garante que são algumas centenas, enquanto o Brasil tem lugar para alguns milhares. Até o momento, a ABMalls conta com oito empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

My Mall Com sede no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a My Mall é a única mineira membro da ABMalls até o momento.

O presidente da empresa, Evandro Negrão de Lima Jr. é, inclusive, vice-presidente da associação. Ele destaca que, assim como o Brasil, Minas Gerais tem muito espaço para o segmento, que cresce em ritmo acelerado. A própria My Mall tem números positivos para compartilhar: a empresa tem apenas sete anos e já coleciona em seu portfólio nove strip malls em operação com uma média de 98% de ocupação.

O modelo de comércio de conveniência tende a se solidificar porque todo mundo tem pressa, mas continua prezando pela segurança e pelo conforto. Os strip malls oferecem exatamente isso: uma compra rápida e prática que os shoppings tradicionais não proporcionam, além de uma estrutura mais segura e confortável que as lojas de rua não oferecem, afirma. Segundo ele, este ano a My Mall vai abrir mais quatro empreendimentos em Belo Horizonte e região metropolitana.

Leia a matéria original em: Diário do Comércio

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