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grupo de executivos brasileiros levados pela GS&MD ao Retail’s Big Show da NRF contou com 380 participantes – a maior delegação brasileira da história do evento. Como curadora de conteúdo do grupo, acompanhar de perto os movimentos do varejo é parte fundamental do meu trabalho e, talvez por este motivo, não esperava encontrar grandes inovações para o setor nesta 107o edição da NRF. Diferente de outros anos, me deparei com inúmeras discussões que não apontam um único caminho, mas sim vários movimentos não lineares.

Estamos falando de um varejo que é instrumento de construção de marcas, que depende de estrutura física, humana e digital. O grande desafio está em buscar recursos e soluções que capacitam a agilidade de adaptação do varejo diante da volatilidade das mudanças de comportamentos sociais e de consumo. É preciso traçar estratégias e consolidar parcerias para responder rapidamente aos movimentos do mercado e aqui selecionei alguns pontos para focar esforços em 2018.

Transparecy is the new cool

Vivemos a era da informação. O volume de informações produzidas é crescente e o acesso a elas nunca foi tão fácil e dinâmico. Neste contexto temos consumidores conectados e desconfiados, que já se sentiram enganados em discursos vazios de grandes corporações e agora buscam estar antenados quanto as decisões das marcas, exigindo transparência e posicionamentos bem definidos.

A transparência hoje é uma característica supervalorizada na relação marca – consumidor. Tornar acessível informações que envolvem processo de produção e sua cadeia, especificações de origem, e propósito do produto/marca é a bola da vez. Vale lembrar que várias palestras apontaram que principalmente os novos consumidores, quando não encontram um caminho de transparência, se fecham para uma conexão autentica com a marca.

A marca Everlane apresenta a “transparência radical” como propósito e abre ao consumidor todo o processo de fabricação e relação com os fornecedores, enfatizando a proposta da marca de produzir peças atemporais que tenham uma longa vida útil para consumidor

No site da marca, o consumidor encontra a relação de custo de fabricação e preço final de cada peça. As mesmas informações são apresentadas também em loja física.

Passion is the new basic

Em um mundo que caminha para o “ser” acima do “ter” – é preciso amar o que se faz e ser o que se consome – o consumidor precisa ser conquistado através dos seus propósitos pessoais que se conectam com os propósitos que movem a marca e isso só é possível a partir de um discurso autêntico.

A Tesla é um exemplo muito interessante. Conhecendo mais a fundo a marca, fica muito nítido de que não se trata de um negócio de venda de automóveis elétricos, a marca é guiada pelo propósito de criar formas de sustentar qualidade de vida em um mundo em que se polui menos, mas que se vive com o conforto que um carro pode oferecer. E eu constatei este mesmo princípio em seu showroom de varejo, quando vi vendedores da Tesla como verdadeiros missionários na loja de Nova York, são pessoas que carregam no peito a vontade de fazer um mundo melhor, para as pessoas viverem melhor. Eles vendem, usam e falam do produto com paixão. Se olharmos para estes vendedores como ponto de contato direto entre a marca e o consumidor fica clara a consolidação de um storytelling real, este é o novo básico na realidade das marcas.

Confira a reportagem completa em: Meio&Mensagem

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